quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Nas planícies verdes em que o casal se encontrava, o vento parecia como rajadas de ar, ar que entrava nos pulmões e mantinha a vida, ar que refrescava o calor daquele lindo dia de verão. Bem ao centro existia uma arvore que se demonstrava rígida e indestrutível mas deitava seus galhos a margem do rio, se curvando para encostar naquelas águas cristalinas. Os peixes se alimentavam de seus frutos que caiam a margem daquele riacho, demonstrando a interdependência de todos os seres. Aquele lugar obtinha todos os três elementos água fogo e ar. O fogo era o mais complexo de todos, ele se encontrava no ambiente duas vezes na semana quando certo casal ia se deliciar com a sombra da grande arvore. O fogo surgia do centro e envolvia os seres que ao se conectarem o faziam aumentar, ele fluía pelos olhos, boca mãos e hastes.


A moça de longos cabelos negros trazia a escuridão que se tornava uma antítese diante aos olhos verdes como as folhas e que remetiam esmeraldas lapidadas e a pureza e o perfume do seu corpo que se misturavam com o das flores. Ali abaixo da arvore ela esperava. Ele tinha no olhar a força de um urso, a sensibilidade de uma flor o que trazia pra ela segurança e estabilidade, ao contrario da mesma ele tinha olhos castanhos como um torrão de terra rósea e cabelos loiros e encaracolados que faziam com que sua aparência se tornasse o mais angelical possível.

Espero que o sonho continue na próxima noite talvez eles ainda se encontrem lá debaixo da tal arvore.

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